CÉREBRO, APRENDIZAGEM E SAÚDE


                   Aprendizagem pode tornar-se hábito e prazer
                 “. a prática de exercitar-se regularmente é grande aliada para o aprendizado...”
                                                                                     (Ricardo Melo)

    Do ponto de vista da neurociência, quanto maior for o estímulo do cérebro humano, maior será sua capacidade de retenção da memória. Exercícios físicos são um grande aliado para a aprendizagem.  Também a leitura constante tem como conseqüência o estímulo da neurogênese, ou seja, a fabricação natural dos neurônios. Todas essas afirmações estão na edição do ultimo mês da revista “Nature neurocience”. Estas são as conclusões de recentes pesquisas feitas na área do aprendizado humano pelo Instituto Salk, na Califórnia, e outra das Universidades de Princeton e Rutgers, em New Jersey.

     Ora, há muito tempo acreditava-se que um cérebro bem estimulado seria capaz de produzir mais, pois os hemisférios cerebrais seriam mais bem explorados, para produzir conhecimento. Entretanto, ainda não se conhecia esse processo em sua complexidade fisiológica, com novas descobertas na área da neurologia, mais compreendemos a importância de agir para atuar para aperfeiçoar o funcionamento do cérebro

    Em um mundo globalizado, o maior talento que alguém pode possuir é a informação e como buscá-la. Em nenhum outro momento da história , o conhecimento foi tão valorizado e necessário como atualmente.   E estar pronto para absorvê-lo e usar os meios para isto constituem um grande problema devido à falta de preparo dos indivíduos pela falta de investimentos na educação. A dificuldade fica maior em algumas partes do mundo, como os países pobres, onde o acesso ao saber é restrito e defasado, dificultados pela situação de pobreza e pela falta de informações de jornais, revistas, etc. Por isso e contraditoriamente a Educação é considerada importante meio de transformação dessas condições de vida e, assim, o conhecimento torna-se uma ferramenta indispensável na construção do futuro. Como organizar meios que garantam esse aprendizado se a capacidade de retiver informações começa a enfraquecer com o passar dos anos? Se o desgaste das células nervosas e dos neurônios jamais poderia ser reposto? Sabe-se agora que a neurogênese é possível no hipocampo, parte do cérebro responsável pela memória. Daí, a preservação desta poderia, com a prática dos exercícios físicos e leituras freqüentes, bem como respiração e relaxamento seria possível produzir mais sinapses e fortalecer as operações mentais para conhecer e reter informações.

   “Nesse sentido, diz o neurocientista Gilberto Xavier, do Departamento de Fisiologia da USP:” a atividade física promove a liberação de endorfinas, substâncias que geram sensação de prazer e relaxamento. Elas aumentam a resistência do organismo contra o stress e impedem o desgaste do neurônio .

   Outro benefício da secreção das endorfinas é a ativação do número de sinapses – redes de comunicação que permitem a interação entre as células nervosas. Quanto mais sinapses, maior a velocidade do raciocínio, melhor a capacidade de memorização. Daí a pratica de exercitar-se regularmente desde a infância e de acordo com as fases de desenvolvimento da criança e do jovem, maior será a capacidade de aprender.

   Além disso, alimentar-se de maneira saudável fornece os nutrientes necessários ao funcionamento do cérebro e às condições de reposição dos neurônios. Nesse contexto, a leitura habitual seja na busca do conhecimento, seja como entretenimento, produz novas conexões de neurônios e auxilia a realização de sinapses necessárias para uma boa memória. Isso produz progressivamente uma sensação de bem-estar e de prazer que por sua vez estimula o hábito de leitura e de exercícios físicos. Esse é o papel essencial e insubstituível da escola: disciplinar o cérebro e o corpo de forma constante com atividades físicas, educação psicomotora aliados aos hábitos de estudo e de leitura aperfeiçoados pela aquisição de instrumentos que só um currículo de qualidade pode oferecer.

   Entretanto o que vemos: a escola, os pais e a sociedade se queixam de que os alunos e/ou seus filhos não querem ler ou estudar, não têm atenção, não se concentram; são indisciplinados, agressivos ou apáticos. Muitos são os casos de depressão entre crianças, (!) de obesidade, ”de hiperatividade” em que a medicalização acaba sendo adotada desde cedo ou são resolvidos pela repressão (Conselho Tutelar, internações, etc.). Evidentemente, isso não resolve o baixo desempenho escolar nem a baixa auto- estima e nem a violência, nem a fuga pelo alcoolismo ou pelas drogas.
Para nós tudo isso  está  relacionado a duas coisas simples como diz Xenofonte desde a Antiguidade Grega: “Mens sana in corpore sano”:”. .. e a perda de memória , o desânimo, o descontentamento e a loucura muitas vezes prejudicam (as pessoas), devido a má saúde do corpo e da mente”...(Student Ville.it) . Isto , nos dias de hoje, significaria:

 1º) a disciplina do corpo com um programa de Educação Psicomotora na infância e atividades físicas, incluindo as primeiras séries e todo o Ensino Básico. Como isso pode acontecer se a Ed. Física ocorre apenas duas vezes por semana no Ensino Fundamental? No ensino Médio ela nem existe na carga horária ficando por conta das Academias um trabalho que nem sempre é regular. Finalmente, na Educação Infantil  as atividades físicas são aleatórias e muitas vezes são apenas “brincadeiras” sem finalidade pedagógica. È preciso,  pois um programa consistente de Educação Corporal  se quisermos que nossas crianças e jovens tenham oportunidades de desenvolvimento pleno a que tem direito.

2º ) a disciplina da mente   pela ativação sistemática da atenção e da concentração, desde os jogos e os brinquedos na pré-escola aos  textos e materiais de estudo nos anos seguintes. Ora, a leitura habitual só pode realizada se a criança souber ler, o que infelizmente não acontece atualmente, pois a alfabetização é feita pela soletração: não há, no estudo dos textos, o trabalho com a leitura silenciosa e oral nem a exploração da compreensão por idéias. A alfabetização por soletração ou pelo trabalho com as sílabas dificulta a compreensão e interpretação - habilidades necessárias para uma leitura fluente e para instalar os hábitos de leitura. Daí, os milhões de livros de literatura nas bibliotecas e nos projetos acabam tendo textos simplificados ou reduzidos para “facilitar” a leitura, o que não soluciona a questão do interesse e do gosto de aprender.

Desse modo, fica difícil as escolas desenvolverem a disciplina básica necessária para o corpo e a mente e, se não há lesões neurológicas grave, toda criança é capaz de aprender tudo o que ela tiver interesse e os meios que ela tiver para isso.
Ora, todos nós temos esses meios, mas eles não estão prontos e precisam ser desenvolvidos pelo trabalho sistematizado da Educação Corporal e do estimulo dos hormônios e substâncias que favorecem a memória, a compreensão e a aprendizagem de conceitos: é o trabalho com a respiração, alongamento, ritmo e percepção, através de recursos lúdicos da música, da dança e exercícios progressivos de destreza, equilíbrio, proporção, precisão, etc., que apresentamos na seção do Método Livre Progresso (MELP).
Para que tudo isso ocorra insistimos, é preciso que o professor conheça e estimule os hormônios e as substancias que favorecem a memória e a aprendizagem e, principalmente saiba ensinar a ler, partindo do todo para as partes de acordo com a organização estrutural da nossa língua. È o que vamos ver na seção Métodos de leitura.
Leia, pratique esportes ou atividades físicas, faça exercícios de relaxamento e respiração todos os dias. Previna o Alzheimer, a depressão, o desânimo!
Fabrique a alegria de viver!



PLASTICIDADE CEREBRAL

Durante décadas, um dogma central dominava a Neurociência: o cérebro adulto tem uma estrutura fixa – é possível perder neurônios, mas impossível ganhar novos. E recomendavam os neurocientistas “tente não danificar seu cérebro, porque não há como consertá-lo".

Ora, nos últimos 10 anos, descobriu-se que o cérebro muda no decorrer da vida: ele pode se auto-reparar, ao sofrer lesões ou contrair doenças. O mal de Alzheimer, a doença de Parkinson, a esclerose múltipla e outras desafiam a compreensão do processo da neurogênese adulta, ou seja, a capacidade do próprio organismo de produzir novos neurônios.

Esse processo é complexo e pouco conhecido – ele aumenta a quantidade de neurônios em áreas de maior atividade neuronal. Provavelmente por isso que a neurogênese observada dá-se no hipocampo – estrutura necessária e solicitada para a assimilação e armazenamento de novas informações: a memória de longo prazo.

Assim, nos casos de derrame ou AVC observou-se a neurogênese no hipocampo e nova células hormonais migraram para as áreas lesionadas por estimulação adequada. Ainda é um desafio compreender como o hipocampo produz novos neurônios e como outras regiões do cérebro podem fazê-lo. O estimulo à neurogênese poderá no futuro ampliar o processo, podendo prevenir e até curar as doenças, diz o Prof. Fred H Gage, coordenador do laboratório de genética do Instituto Salk de Estudos Biológicos em La Jolla e professor da Universidade da Califórnia," quando a neurogênese puder ser induzida no momento desejado e de forma controlada, poderá modificar nosso próprio conceito de doença e lesões cerebrais.” E ainda mais “... a possibilidade de indivíduos saudáveis ficarem ainda melhores.” (idem pág. 49). E o melhor meio de induzir a neurogênese estaria na mudança de estilo de vida, ao invés de usar medicamentos ou implante celulares.

Os exercícios físicos, a alimentação saudável, um ambiente educacional de desafios, de atividades interessantes poderá fortalecer e criar circuitos neurais que forme novas memórias e, daí, o aprendizado. Segundo os neurocientistas Nohjin kee e Kátia Teixeira da Universidade de Maryland afirmam que “as lembranças não mantidas dentro dos neurônios, mas entre eles, ou seja, nas sinapses – essas pequenas fendas por onde o impulso nervoso trafega sempre no sentido axônio-dendrito. As memórias são formadas por meio da força dessas conexões.”

Ora, tais sinapses estabelecem um campo de silencio, de “vazio” pelo qual os neurotransmissores e os estímulos elétricos interligam os bilhões de neurônios em todo o cérebro.

Assim, as memórias de curto prazo, podem transformar-se em memórias de longo prazo, quanto mais reforçadas forem as sinapses. É na aprendizagem progressivamente repetida na ativação dos circuitos danificados que podem ser restaurados. Assim, a ação pedagógica, os exercícios e a alimentação, além de atividades desafiadoras e significativas é que podem incorporar e manter novas aquisições no processo cognitivo e no comportamental.

Aprendizagem, pois, torna-se hábito.


Para saber mais: Sinapses cada vez mais fortes – Mente e Cérebro nº 181 pág. 25


Você Sabia?


Importância dos ácidos graxos essenciais
por Neuza Sumico Takahashi
A mais recente tendência nutricional preconiza uma alimentação saudável, com ingestão de muita fibra e pouca gordura e colesterol. Nesta linha, e associando a mudança do estilo de vida a hábitos alimentares mais saudáveis, surgiram os alimentos funcionais. São compostos que, além de nutrir, apresentam propriedades fisiológicas específicas.
O ser humano, assim como os demais mamíferos, é capaz de sintetizar certos ácidos graxos saturados e insaturados, porém essa capacidade é limitada quando se trata de ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs), sem os quais nosso organismo não funciona adequadamente. Por essa razão, estes ácidos graxos são chamados de “essenciais” e devem ser incluídos na dieta alimentar.
Os ácidos graxos essenciais para a alimentação humana são o ácido linolênico (ômega­6) e o ácido linoleico (ômega­3). O primeiro está presente em grande quantidade nos óleos de milho e soja, enquanto o segundo, em vegetais de folhas verdes, no óleo de linhaça e nos óleos de peixes marinhos. A importância destes ácidos graxos está na sua capacidade de se transformar em substâncias biologicamente mais ativas, com funções especiais no equilíbrio homeostático, e em componente estrutural das membranas celulares e do tecido cerebral e nervoso. A alimentação humana corretamente balanceada deve atender a uma relação ótima entre ômega­6 e ômega­3, de 4:1, porém o ritmo de vida atual muitas vezes não permite uma alimentação rica e bem combinada, baseada em alimentos criteriosamente selecionados.
Os óleos de muitas espécies de peixes marinhos são ricos em ácido graxo eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA), que são as formas longas e insaturadas ativas da série ômega­3, e que podem ser absorvidas diretamente pelos ciclos metabólicos dos seres humanos. Estes ácidos graxos são produzidos pelas algas marinhas, e depois transferidos de forma bastante eficiente, através da cadeia alimentar, para os peixes. Dentre os peixes, aqueles que contêm maior quantidade de EPA e DHA são os que habitam águas frias, como salmão, truta e bacalhau. Estes apresentam, além dos ácidos graxos essenciais, proteína de alta qualidade, ótima digestibilidade e baixo teor calórico. Portanto, são recomendados para auxiliar na manutenção da sanidade geral, e também para gestantes e lactentes, pois influem no desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso da criança.

Na atualidade, uma das grandes preocupações em saúde pública é a elevada mortalidade causada por doenças cardiovasculares. Estas doenças têm uma etiologia multifatorial, e sua origem remonta a uma combinação de diversos fatores de risco. Porém, vários destes fatores de risco podem ser positivamente modificados pela ação de ácidos graxos essenciais. Dados experimentais (Kromhout et al., 1985) e epidemiológicos mostram a redução significativa da mortalidade por doenças coronarianas, confirmando a atividade cardioprotetora do EPA e DHA. Portanto, é bastante recomendável, numa orientação dietética, prescrever a ingestão de uma ou duas porções de peixe por semana.




                   Aprendizagem pode tornar-se hábito e prazer
                 “. a prática de exercitar-se regularmente é grande aliada para o aprendizado...”
                                                                                     (Ricardo Melo)

Do ponto de vista da neurociência, quanto maior for o estímulo do cérebro humano, maior será sua capacidade de retenção da memória. Exercícios físicos são um grande aliado para a aprendizagem.  Também a leitura constante tem como conseqüência o estímulo da neurogênese, ou seja, a fabricação natural dos neurônios. Todas essas afirmações estão na edição do ultimo mês da revista “Nature neurocience”. Estas são as conclusões de recentes pesquisas feitas na área do aprendizado humano pelo Instituto Salk, na Califórnia, e outra das Universidades de Princeton e Rutgers, em New Jersey.
Ora, há muito tempo acreditava-se que um cérebro bem estimulado seria capaz de produzir mais, pois os hemisférios cerebrais seriam mais bem explorados, para produzir conhecimento. Entretanto, ainda não se conhecia esse processo em sua complexidade fisiológica, com novas descobertas na área da neurologia, mais compreendemos a importância de agir para atuar para aperfeiçoar o funcionamento do cérebro
Em um mundo globalizado, o maior talento que alguém pode possuir é a informação e como buscá-la. Em nenhum outro momento da história , o conhecimento foi tão valorizado e necessário como atualmente.   E estar pronto para absorvê-lo e usar os meios para isto constituem um grande problema devido à falta de preparo dos indivíduos pela falta de investimentos na educação. A dificuldade fica maior em algumas partes do mundo, como os países pobres, onde o acesso ao saber é restrito e defasado, dificultados pela situação de pobreza e pela falta de informações de jornais, revistas, etc. Por isso e contraditoriamente a Educação é considerada importante meio de transformação dessas condições de vida e, assim, o conhecimento torna-se uma ferramenta indispensável na construção do futuro. Como organizar meios que garantam esse aprendizado se a capacidade de retiver informações começa a enfraquecer com o passar dos anos? Se o desgaste das células nervosas e dos neurônios jamais poderia ser reposto? Sabe-se agora que a neurogênese é possível no hipocampo, parte do cérebro responsável pela memória. Daí, a preservação desta poderia, com a prática dos exercícios físicos e leituras freqüentes, bem como respiração e relaxamento seria possível produzir mais sinapses e fortalecer as operações mentais para conhecer e reter informações.
“Nesse sentido, diz o neurocientista Gilberto Xavier, do Departamento de Fisiologia da USP:” a atividade física promove a liberação de endorfinas, substâncias que geram sensação de prazer e relaxamento. Elas aumentam a resistência do organismo contra o stress e impedem o desgaste do neurônio .

Outro benefício da secreção das endorfinas é a ativação do número de sinapses – redes de comunicação que permitem a interação entre as células nervosas. Quanto mais sinapses, maior a velocidade do raciocínio, melhor a capacidade de memorização. Daí a pratica de exercitar-se regularmente desde a infância e de acordo com as fases de desenvolvimento da criança e do jovem, maior será a capacidade de aprender.
Além disso, alimentar-se de maneira saudável fornece os nutrientes necessários ao funcionamento do cérebro e às condições de reposição dos neurônios. Nesse contexto, a leitura habitual seja na busca do conhecimento, seja como entretenimento, produz novas conexões de neurônios e auxilia a realização de sinapses necessárias para uma boa memória. Isso produz progressivamente uma sensação de bem-estar e de prazer que por sua vez estimula o hábito de leitura e de exercícios físicos. Esse é o papel essencial e insubstituível da escola: disciplinar o cérebro e o corpo de forma constante com atividades físicas, educação psicomotora aliados aos hábitos de estudo e de leitura aperfeiçoados pela aquisição de instrumentos que só um currículo de qualidade pode oferecer.
Entretanto o que vemos: a escola, os pais e a sociedade se queixam de que os alunos e/ou seus filhos não querem ler ou estudar, não têm atenção, não se concentram; são indisciplinados, agressivos ou apáticos. Muitos são os casos de depressão entre crianças, (!) de obesidade, ”de hiperatividade” em que a medicalização acaba sendo adotada desde cedo ou são resolvidos pela repressão (Conselho Tutelar, internações, etc.). Evidentemente, isso não resolve o baixo desempenho escolar nem a baixa auto- estima e nem a violência, nem a fuga pelo alcoolismo ou pelas drogas.
Para nós tudo isso  está  relacionado a duas coisas simples como diz Xenofonte desde a Antiguidade Grega: “Mens sana in corpore sano”:”. .. e a perda de memória , o desânimo, o descontentamento e a loucura muitas vezes prejudicam (as pessoas), devido a má saúde do corpo e da mente”...(Student Ville.it) . Isto , nos dias de hoje, significaria:
 1º) a disciplina do corpo com um programa de Educação Psicomotora na infância e atividades físicas, incluindo as primeiras séries e todo o Ensino Básico. Como isso pode acontecer se a Ed. Física ocorre apenas duas vezes por semana no Ensino Fundamental? No ensino Médio ela nem existe na carga horária ficando por conta das Academias um trabalho que nem sempre é regular. Finalmente, na Educação Infantil  as atividades físicas são aleatórias e muitas vezes são apenas “brincadeiras” sem finalidade pedagógica. È preciso,  pois um programa consistente de Educação Corporal  se quisermos que nossas crianças e jovens tenham oportunidades de desenvolvimento pleno a que tem direito.
2º ) a disciplina da mente   pela ativação sistemática da atenção e da concentração, desde os jogos e os brinquedos na pré-escola aos  textos e materiais de estudo nos anos seguintes. Ora, a leitura habitual só pode realizada se a criança souber ler, o que infelizmente não acontece atualmente, pois a alfabetização é feita pela soletração: não há, no estudo dos textos, o trabalho com a leitura silenciosa e oral nem a exploração da compreensão por idéias. A alfabetização por soletração ou pelo trabalho com as sílabas dificulta a compreensão e interpretação - habilidades necessárias para uma leitura fluente e para instalar os hábitos de leitura. Daí, os milhões de livros de literatura nas bibliotecas e nos projetos acabam tendo textos simplificados ou reduzidos para “facilitar” a leitura, o que não soluciona a questão do interesse e do gosto de aprender.

Desse modo, fica difícil as escolas desenvolverem a disciplina básica necessária para o corpo e a mente e, se não há lesões neurológicas grave, toda criança é capaz de aprender tudo o que ela tiver interesse e os meios que ela tiver para isso.
Ora, todos nós temos esses meios, mas eles não estão prontos e precisam ser desenvolvidos pelo trabalho sistematizado da Educação Corporal e do estimulo dos hormônios e substâncias que favorecem a memória, a compreensão e a aprendizagem de conceitos: é o trabalho com a respiração, alongamento, ritmo e percepção, através de recursos lúdicos da música, da dança e exercícios progressivos de destreza, equilíbrio, proporção, precisão, etc., que apresentamos na seção do Método Livre Progresso (MELP).
Para que tudo isso ocorra insistimos, é preciso que o professor conheça e estimule os hormônios e as substancias que favorecem a memória e a aprendizagem e, principalmente saiba ensinar a ler, partindo do todo para as partes de acordo com a organização estrutural da nossa língua. È o que vamos ver na seção Métodos de leitura.
Leia, pratique esportes ou atividades físicas, faça exercícios de relaxamento e respiração todos os dias. Previna o Alzheimer, a depressão, o desânimo!

Fabrique a alegria de viver!


            Atitudes para manter o cérebro saudável.
             ( Cf. Suzana Herculano Houzel – Mente e cérebro . nº19- Ed. Especial. Pág26 a 35).

A Neurociência tem demonstrado que cuidar da saúde física faz bem à cabeça e que , a longo prazo  significa investir na saúde metal do individuo e da espécie .são atitudes simples, tais como:

- Ouvir as emoções e cultivar pensamentos positivos.                                               Sentimentos positivos beneficiam o sistema cardiovascular, estimulam pensamentos e expectativa de sucesso e de prazer. Resolver um problema, concluir um trabalho, aprender algo novo, comer o que se gosta, ouvir uma boa música, tudo isto aumenta os níveis dos neurotransmissores – dopamina  e serotonina que  alimentam a motivação, o otimismo e a persistência. Tais  atitudes favorecem o sucesso e ajudam a lidar com situações negativas, as doenças, ou  dilemas penosos, etc. As emoções positivas e sua  expressão  pelo sorriso, pela alegria são contagiantes e tendem a inibir transtornos que afligem o ser humano – o stress, a depressão e o medo. 

2º)  Ter alimentação  saudável:                                                                                                                       Consumir  mais cereais e ovos moderadamente; evitar guloseimas e enlatados que contém ácidos graxos trans ( que engordam e reduzem o desempenho nas tarefas de memorização: ratos e camundongos, criados com lanches trans tiveram mais dificuldades pata sair do labirinto, mesmo quando já o tinham solucionado anteriormente.
Tomar café e cereais  pela manhã estimula a função cognitiva e, ao contrário, as crianças que ingeriram açúcares e bebidas gasosas todos os dias “ tiveram desempenho similar a pessoas de 70 anos, em testes de memória e atenção”.


) Receber e oferecer carinho: o contato afetivo reduz os níveis de stress no hipotálamo, os músculos relaxam e o cérebro também. Aumenta , então, a sensação de bem-estar e os neurônio s do hipocampo – onde se armazena a memória –se  mantêm estimulados.  O abraço e a relação afetiva – positiva, o amar e sentir-se amado aumentam a oxitocina – hormônio que facilita e aproxima as pessoas, reduz as fobias e torna as relações mais saudáveis e felizes. Relacionamentos conjugais estáveis e amigos verdadeiros fazem adoece menos e aumentam a resistência ao stress. Abraços, beijos e carinhos garantem ao cérebro que você não esta sozinho.





Nenhum comentário:

Postar um comentário